quarta-feira, 1 de julho de 2009

Reflexo da Educação na Família

Os pais e educadores não podem perder de vista que, apesar das transformações pelas quais passa a família, esta continua sendo a primeira fonte de influência no comportamento, nas emoções e na ética da criança.
É fato que família e escola representam pontos de apoio e sustentação ao ser humano e marcam a sua existência. A parceria família e escola precisa ser cada vez maior, pois quanto melhor for a parceria entre ambas, mais positivos serão os resultados na formação do sujeito.



O texto abaixo é de Vívian da Mata - Psicóloga


Desenvolvimento


"O mundo mudou, e nós temos que mudar com ele."
Barack Obama


A família não é algo biológico, natural ou simplesmente dado, mas é produto de formas históricas de organização entre os humanos. Do patriarcado ao capitalismo, discutiram-se as marcas dos modelos de organização social na constituição das famílias, sendo uma das possíveis explicações para o sistema social de opressão das mulheres, por exemplo. As discriminações ditadas pelo patriarcado são uma forma de violência de gênero e de violação dos direitos humanos das mulheres.
A família, de fato, consolidou-se na Roma Antiga. A família romana era centrada na figura masculina, com as mulheres sendo, em geral, meras coadjuvantes. O patriarca tinha sob seu poder a mulher, os filhos, os escravos e os vassalos, além do direito de vida e de morte sobre todos estes.
O patriarcado é uma forma de organização social na qual as relações são regidas por dois princípios básicos: 1) as mulheres; 2) os jovens, onde todos estão hierarquicamente subordinados aos mais velhos. De modo geral, a supremacia masculina atribui o maior valor às atividades masculinas em relação às atividades femininas, legitimando o controle da sexualidade, dos corpos e da autonomia feminina. O patriarcado, enquanto teoria universal e totalizante, é tema controverso no campo dos estudos feministas. Nesta época, o senhor era a lei, e o domínio referiam-se às formas sociais simples e às comunidades domésticas. Não existia modernidade na sociedade patriarcal.
A sociedade como um todo é patriarcal. De uma forma ou de outra as mulheres estão submetidas aos homens tanto na vida privada quanto na vida pública. Na sociedade civil capitalista, há um patriarcado moderno. O patriarcado moderno alterou sua configuração, mas manteve as premissas do tradicional. O poder do pai de família teve seu reinado entre a Idade Média até o século XVII. No final desse século começa o declínio. O patriarcado moderno surge com o direito natural sobre a mulher.
É preciso revisar a idéia da hegemonia, da família e de papéis familiares, dado as configurações e papéis alternativos. As normas são opressivas, fonte de sofrimento psíquico e mal-estar na sociedade. Gerando um terreno fértil para desigualdades de gênero. E as conquistas sociais e legais das mulheres.
No século XXI, as mulheres invadiram as ciências, as artes e a política.
Freud, com relação à civilização humana, ressalta: "(...) civilização humana, expressão pela qual quero significar tudo aquilo em que a vida humana se elevou acima da condição animal e difere da vida dos animais – desprezo ter que distinguir entre cultura e civilização." Para algumas pessoas seria o mal-estar na cultura. Para ele, o que deve causar mal-estar à cultura ou à civilização. "O futuro de uma ilusão", "Totem e tabu", são chamados "Textos Sociais".
Nele são considerados os conflitos entre os instintos e as vicissitudes pelas quais ele tem de passar. O princípio da realidade: um dos princípios que regem o funcionamento mental. É parceiro do princípio do prazer e modifica-o na medida em que consegue ser um princípio regular, à procura de satisfação. Essa diferença nos capacita para sensações de desprazer que sentimos e pelas quais somos ameaçados. Para fins de desviar sensações desagradáveis.
O que é ser feliz em uma sociedade patriarcal onde a mulher é subjugada ao domínio masculino. Freud era contra a pergunta, se uma pessoa é feliz, dizia que a felicidade consistia em não fazer essa pergunta, porque não havia resposta para ela. Porque temos muitas necessidades represadas. A infelicidade é real, e menos difícil de se experimentar. O homem foge do desprazer e busca o prazer. O homem primitivo nos é conhecido por meio das ruínas e implementos que restaram dele e ainda hoje, muitos homens vivem de maneira muito próxima daquela dos primitivos.
Freud, considera que todas as manifestações 'primitivas' seja no sentido de evolução da humanidade, seja na do indivíduo, guarda uma grande aparência. Por isso há uma certa semelhança, entre o primitivo e uma criança. Como nas crianças sempre existe uma regressão, o que aproxima seus mecanismos mentais daqueles das crianças é que elas tem um paralelo com o homem primitivo. Por isso, foi tentado introduzir a Psicanálise na educação, porque o educador levaria a pessoa ao amadurecimento e a se tornar uma adulto. O que é totem? É um animal que mantém relação especial com todo o clã.
O totem é um antepassado comum do clã, é seu espírito guardião. O totem pode ser dado tanto pela linha feminina quanto pela masculina.
O sistema totênico atraiu o interesse dos psicanalistas porque nele se encontram uma lei contra relações sexuais entre pessoas do mesmo totem e conseqüentemente, contra seu casamento. Era praticada a exogamia. Seria uma proteção contra o incesto, a que a Psicanálise dá tanta importância, porque a tendência à ele faz parte do complexo de Édipo.
A literatura sobre história da sexualidade mostra para um fenômeno importante e prevalece até o século XVIII no mundo ocidental, que a diferença entre o amorno casamento e o amor fora do casamento. O casamento tem por função – não somente entre os reis e os príncipes, mas em todos os níveis da sociedade. O novo ideal de casamento vai se constituindo aos poucos no ocidente, em que se impõe aos cônjuges que se amem ou que pareçam se amar, e que tenham expectativas a respeito do amor. O indivíduo na sociedade contemporânea é discutida e estudada o papel da aliança e o papel da sexualidade e suas implicações institucionais.
A separação conjugal pode ter efeitos construtivos para os membros de uma família, para manter o casamento é a auto-destruição e a destruição do outro. Ela leva toda a família a reestruturar os padrões de relacionamento existente buscando na terapia a ressignificação para sua vida.
Os ideais freudianos baseados na educação modelo pulsional freudiano, Pela impossibilidade de prevenir as neuroses como também de curar o mal-estar na educação. Todo saber no campo educativo perfila-se como mais uma Pedagogia moderna. Qualquer saber pedagógico moderno é, por definição, autonômico com a Psicanálise. Não há aplicação da Psicanálise à educação. É possível uma certa clareza psicanalítica da educação, uma educação esclarecida pela Psicanálise revela-se toda e qualquer reflexão pedagógica. Seria uma educação onde reconhece o desejo. A relação Psicanálise-Educação não equivale àquela pretendida entre a Psicanálise e a Pedagogia.
Uma das preocupações de Freud foi no campo da problemática da educação: o indivíduo e civilização. Segundo Freud, seu pensamento sobre a educação tida como o veículo da moral dirigida à natureza repressiva, numa transformação educativa, tendo como parâmetro o indivíduo-sociedade. Explica que as crianças experimentavam os mesmos conflitos através dos quais passaram nossos antepassados no processo de civilização. A esperança freudiana no reformismo social, via educação, é inversamente proporcional nos progressivos do modelo pulsional. Sustentando o caráter "conservador", desejável na educação.
A educação na sociedade contemporânea deveria assumir hoje uma dimensão mais criativa, porque informação temos com fácil acesso. Parece que Freud queria desenvolver pessoas com mais criatividade e mais espontaneidade. A ética e a moral e a tendência de culpar os outros inibem a criatividade tornando a pessoa mais tímida e reprimida. As raízes da falsa moral são muito profundas e alcançam o terreno da tradição e da cultura. O conceito de cidadania, democracia, justiça social e espaço público, ocupam um largo espaço na educação. A tradição cultural e a realidade econômico-política, representam a imoralidade em nossas relações sociais. Imoralidade, que revolta e provoca indiferença e conformismo. Que a educação social mediante a repressão, atinja um patamar que nos leva a pedir por uma transformação social atual, sendo preciso rever o contexto social, os preconceitos, discriminação de raça, de gênero e de classe.
Os educadores questionam e entram em conflito. Mas,k a grande saída seria a criatividade e espontaneidade. A educação nos modos tradicionais, obedecer às normas, o temor, a moral transmitida à educação e castradora. Estabelecer novos vínculos que agregam às tônicas faladas na sociedade. O indivíduo com mais liberdade, ele acaba criando. É feliz! Construindo um mundo de sonhos com alicerces e magias.
A educação hoje enfrenta dificuldades reais. Eles são sérios. Os ideais, passados de geração em geração, todos merecem encontrar felicidade através de prosperidade e da liberdade, mas não no modelo tradicional. Nossas mentes são menos inventáveis. Temos que sacudir e ter um novo começo.
O crescimento através da educação para estarmos à altura de uma nova era. O brasileiro tem memória curta, e deixa as coisas acontecerem sem reação. A imaginação se une a um objetivo comum e a necessidade se une à coragem.
Os acomodados não compreendem que o contexto mudou. O sucesso da educação estar em expandir a liberdade e o desejo. Não podemos nos desculpar por nosso estilo educacional. Devemos querer construir, evoluir com base no respeito mútuo.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:



FREUD, S. O futuro de uma ilusão. Obras completas de Sigmund Freud. V. XXI. Imago Editora, 1929.
_____. O mal-estar na civilização. Obras completas de Sigmund Freud. V. XXI. Imago Editora, 1927.
_____. Totem e tabu (1913). Obras completas de Sigmund Freud. V. XIII. Imago Editora, 1914.
ROUSSEAU, J. J. Exílio ou da Educação. São Paulo: Bertrand Brasil, 1992.
XAVIER, E. (1998). Declínio do patriarcado: a família no imaginário feminino. Rio de Janeiro: Record/Rosa dos Tempos, 1998..
1 A fonte do artigo e informações do autor devem ser mantidas. Reprodução apenas na Internet.

Transtorno de Déficit de Atenção




TDAH


Texto de Glassy Calassa


O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade tornou-se assunto comum nas escolas, entre os professores, por se tratar de uma dificuldade que afeta não só a criança, mas sua família, a escola e todo o meio no qual ela está inserida. Para compreender melhor o que acontece, porque a criança apresenta certos comportamento considerados inapropriados e saber como ajudar a criança, precisamos primeiramente entender o que vem a ser o transtorno. Existe uma dúvida que comumente é levantada: “É mesmo um problema biológico ou é teimosia?”. Hoje sabemos que o indivíduo com TDAH tem uma alteração biológica. Entretanto o transtorno deve ser entendido como um problema biopsicosocial, pois pesquisas mostram que só o tratamento medicamentoso é insuficiente. Assim o tratamento deve ser multimodal, ou seja, não deve se pautar somente na farmacoterapia (tratamento medicamentoso), mas sim na combinação desta, com orientação familiar, psicoterapia cognitiva ou cognitivo-comportamental e orientação à escola, juntamente com adaptações curriculares. A criança com TDAH apresenta um problema do funcionamento de certas áreas do cérebro que comandam o comportamento inibitório, traduzindo, as áreas do cérebro que funcionam como nosso “freio” estão prejudicadas. Exemplificando, todos nós temos um freio que inibe certos comportamentos, assim se uma pessoa está terminando um trabalho escolar e ouve uma música vindo do lado de fora da casa, vai ter uma vontade (um impulso) de se levantar e ir verificar o que está acontecendo, mas o “freio” do seu cérebro sinaliza que o trabalho que está executando é mais importante, assim deverá primeiro terminá-lo, e somente depois passar para outra atividade. Isso acontece a todo o momento com todos nós, pois estamos rodeados de estímulos e se tudo chamasse nossa atenção, não conseguiríamos finalizar nenhuma atividade. Entretanto, a criança com TDAH tem esse freio prejudicado, assim é muito atenta aos vários estímulos do meio ambiente, não mantendo sua atenção focada em uma só atividade. Também é prejudicada sua capacidade de executar tarefas de planejamento, e isso tudo somado, acaba determinando que o indivíduo apresente sintomas de desatenção, agitação/hiperatividade e impulsividade. Existem vários questionamentos sobre qual a melhor forma de lidar com tais características. Sabemos que receitas prontas não existem, pois cada caso e cada criança têm suas peculiaridades, entretanto algumas dicas podem auxiliar pais e professores a lidar com as características citadas: Em se tratando de escolarização, existem algumas ordens que NÃO devem ser dadas porque estimulam a desobediência: Excesso de ordens. Como a criança deixa de fazer inúmeras atividades devido ao déficit de atenção, os responsáveis tendem a sobrecarregá-la de ordens e instruções, para que finalizem as inúmeras atividades que não concluíram. Entretanto eles se esquecem que a criança tem uma dificuldade de concentração e isso faz com que, no final da instrução dada, não se lembre mais o que deveria, de fato ser feito. Ordens vagas. É necessário ser específico e dizer para a criança exatamente o que se espera dela. Ordens vagas como “quero que se comporte como um bom menino”, não vai surtir efeito. Nesse caso ordens mais específicas como “durante a apresentação do filme, quero que permaneça sentado”, podem ter uma resposta mais apropriada por parte da criança, pois neste exemplo ela sabe o que precisa fazer para se comportar como um bom menino. Ordens em tom de ameaça ou irritação. Já antecipando que a criança não atenderá seus pedidos, pais e professores dão ordens em tom de ameaça e irritação. Isso é inadequado porque gera na criança uma reação que também pode ser hostil, e irá gerar mais resistência no relacionamento professor-aluno. Após discorrer sobre o que não é adequado ser feito, é necessário implementar algumas estratégias comportamentais compensadoras que vão ajudar nas adequações curriculares: Como a criança tem um déficit de atenção, há uma grande probabilidade dela se perder e se distrair em atividades muito longas, então será muito útil dividir as tarefas em seqüências menores. Aumentar as inovações, a estimulação ou a diversão nas tarefas, para que a criança tenha motivação para participar ativamente das aulas. É de extrema importância eliminar qualquer observação negativa a respeito da criança, pois sua auto-estima pode ser prejudicada. E para evitar que isso aconteça o professor deve aumentar a freqüência de reforços positivos, traduzindo, o professor deverá pontuar para a criança, para a família e para a escola os avanços da criança, os pontos nos quais ela se destaca e assim aumentar a confiança que todos terão nela. Reforçar o relacionamento aluno-professor através de respeito mútuo e cooperação, tornando o relacionamento mais amoroso e amigável. Agindo dessa forma, vários obstáculos existentes na escola poderão ser sanados ou minimizados, garantindo assim que as crianças com TDAH tenham motivação, interesse e sucesso na escola.





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Sonhe sempre!

Para refletir...


Os jogos na clínica Psicopedagógica

Os jogos educativos psicopedagógicos servem para estimular a imaginação infantil, auxiliar no processo de integração grupal, liberar a emoção infantil, facilitar a construção do conhecimento e auxiliar na aquisição da auto-estima. Ajudam a promover a criatividade, desenvolver a autonomia e favorecer a expressão da personalidade infantil. Com o grande avanço da informática, surgiram os jogos educativos computadorizados. Estes jogos são elaborados para divertir os alunos e aumentar a chance de aprendizagem de conceitos, conteúdo e habilidades embutidas no jogo. Um jogo educativo pode propiciar ao aluno um ambiente de aprendizagem rico e complexo; estes ambientes são denominados de micromundos, porque fornecem um mundo imaginário a ser explorado e no qual os alunos podem aprender.
Os jogos psicopedagógicos devem ser atrativos e ao mesmo tempo devem possuir um cunho educativo.
O texto abaixo foi produzido por Daniela Ruiz de Mendonça - Psicóloga, Psicopedagoga. Acompnhe esta leitura!
Por que jogar e brincar com a psicopedagoga?

O jogo na psicoterapia e na psicopedagogia
Os jogos e as brincadeiras são recursos indispensáveis na terapia de crianças e adolescentes.
É através do brincar e jogar que se cria um ambiente de significação da aprendizagem e dos conteúdos emocionais.
Quebra-cabeça de números
Este é um jogo que estimula o raciocínio lógico-matemático. A criança, ao se deparar com as peças embaralhadas, deve criar uma estratégia de ação que será observada pelo profissional:
Qual pegará primeiro?
Observará os números e sua sequência?
Começará com peças maiores?
Ao levantar hipóteses estará elaborando estratégias e estimulando suas habilidades mentais.
O profissional sabe a hora exata de interferir, de modo a ajudar a criança a conhecer outras possibilidades de aprendizagem e de resolver uma situação-problema. A criança aprende a perguntar e a buscar soluções.
A intervenção do profissional pode estar baseada na solicitação da justificativa de uma peça colocada.
Esse conhecimento das estratégias usadas pela criança proporciona conhecimento de si mesma e um modelo para resolver outras situações vividas no dia-a-dia.
Aprendendo a pensar
Com diferentes desafios a criança aprende a pensar sobre como superá-los. Esse exercício se estende para todas as outras situações que são vivenciadas pela criança na escola e em família, por exemplo.
Montagem de cenas
Esse é um jogo de montagem de cenas e reorganização dos fatos para compor uma história. Ao realizar a atividade, a criança estimula o raciocínio de elaboração de seqüência lógica de ações. A intervenção do profissional está em produzir reflexões na criança, o que a leva a questionar, justificar e organizar suas próprias ações.
Desta forma, o brinquedo não é somente para descontrair, tem função educativa. Entretanto, a postura do profissional diante da brincadeira da criança, torna-se primordial, pois ele sabe de que maneira intervir a fim de estimular na criança entendimentos e novas ações, tornando-a mais ativa na vida pessoal e escolar.



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terça-feira, 30 de junho de 2009

Real ou ideal?



"Não se pode ensinar alguma coisa a alguém, pode-se apenas auxiliar a descobrir por si mesmo." (Galileu Galilei)



Quando falamos isso, na verdade, detestamos a natureza humana, com suas imperfeições e dificuldades. Detestamos a nossa própria inferioridade, ao nos compararmos com um modelo ideal de como deveríamos ser.


Vocês sabem por que o mar é tão grande, tão imenso, tão poderoso, portador de tanta água? Não? É porque ele teve a humildade de se colocar alguns centímetros abaixo de todos os rios do mundo!


O texto abaixo é de Juliana Caldeira Rangel - Orientadora sexual.


Por que sempre agimos assim?

Por que temos a mania de achar que os outros devem pensar da mesma forma que nós? É complicado conviver com o real, o ideal que é legal. Um grande engano! Se pararmos para pensar... o real é mais interessante, pois isso nos torna diferentes e imprevisíveis, isso nos torna únicos. Mas em termos de relacionamentos, é bem diferente. Há pessoas que enquanto não decidem o que querem, outras vão logo atrás , não ficam esperando sentadas. Isso muitas vezes frustra a quem toma as decisões, porque você age de uma forma e gostaria que a outra pessoa agisse do mesmo jeito.... olha que loucura! E quando isso não acontece, você pira e estressa , e quer logo brigar, chutar o balde, mandar tudo pro pau, e então você começa a pensar:"_Que loucura!", e logo em seguida:"_Vamos deixar disso que é melhor?". Pois é... não devemos nunca , mas nunca mesmo, querer que o(a) outro(a) seja o que gostaríamos que fosse. A famosa "decepção"...há! Isso... é ilusão! Nunca devemos esperar um tipo de comportamento do(a) outro(a) em relação a nada, ou como gostaríamos que à forma de agir fosse igual à nossa, não seria realmente previsível? Chato e sem graça? E o interessante é que ninguém conhece ninguém. Eu posso até idealizar, isso não é proibido. Mas querer transformar o outro para o meu prazer e minha comodidade, aaaaaahhhhhhhhhhh... isso! Absolutamente NÃO! Acredito que ... muitas vezes estas difrenças acabam partindo para a traição, devido ao descontentamento, a falta de paciência para se descobrir o(a) outro(a), achar que é demais para estar esperando pelo(a) outro(a). Façamos o seguinte... seja você. Não tenha medo de dizer o que pensa, não se preocupe demais com sua aparência , não tem problema de vez em quando estar de cara lavada , ninguém vai morrer por causa disso. Se não gosta de determinada coisa, então fale! O pior que pode acontecer é da outra pessoa saber que você não gosta. Brinque, ria, seja bobo(a) de vez em quando. Descubra-se... descubram-se. E quem sabe, depois de tudo isso, a sua cara metade sempre esteve do seu lado e você nunca percebeu?
Que mal pode haver nisso?
Milagres acontecem. E como acontecem!
E você? Está disposto(a) a fazer descobertas?
Que tal começar por aí?

Fonte: Webartigos.com Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução. 1



1 A fonte do artigo e informações do autor devem ser mantidas. Reprodução apenas na Internet.

Psicopedagogia é...


GeradorGeradorGeradorGerador

Crie glitters aqui!

domingo, 28 de junho de 2009

Metodologia ou Tecnologia? Saia da zona de conforto!

A mudança de forma geral é algo que inquieta e exige novas posturas e adaptações para que realmente aconteça. Quando se fala em mudança na educação é preciso reunir vários elementos que a caracterizem como necessária e benéfica para seu meio social, uma vez que a mudança pode ser tanto para melhor como para pior.
A idéia de mudança na educação implica aspectos históricos, culturais, sócio-econômicos, tecnológicos, biológicos, enfim, implica uma série de setores, por isso é difícil caracterizar a mudança como algo instantâneo, já que ela só acontece como processo e atrelada a vários elementos.
Tudo que é confortável se torna hábito, aqui incluídas as modalidades de pensamento e de comportamento —, que conduz o ser humano ao medo da mudança ou ao medo de sair da nossa Zona de Conforto, contribuindo para a produção estanque de paradigmas.
Então qual é a zona de conforto? É a área de segurança. É nela que o indivíduo se sente firme, com os pés no chão. Onde estão catalogados antigos hábitos e todo conhecimento adiquirido. Aquele planejamento de dez anos atrás é o “conforto”. Se for dado um passo fora da Zona de Conforto, sente-se aflição, ansiedade, insegurança e medo. Medo do novo, do desconhecido. E o processo de aprendizagem, aliado ao de crescimento, transita na área do desconhecido, do novo, portanto fora da tal zona.
Para cada obstáculo ou barreira, existe soluçã. Para cada aspecto negativo, existe o positivo. Para o desânimo, existe o ânimo. Para aprendizagem, existe o ensinamento. Não se deve esquecer que os desacertos com o processo de aprender estão diretamente ligados aos medos, às crenças e às atitudes. Portanto, urge a mudança da maneira de pensar, de agir, saindo gradualmente da Zona de Conforto, na aventura deliciosa que é o terreno do aprendizado. Escalar a montanha do medo, atravessar o rio das crenças e colocar as atitudes no primeiro lugar do pódio, ganhando a corrida, vencendo os entraves e as barreiras e levando, como prêmio, a conquista do aprendizado.
O vídeo abaixo vem mostrar justamente o que acontece com quem muda de tecnologia sem mudar a metodologia.
Pensem nisso!

O álcool e a adolescência


O alcoolismo nunca foi um problema exclusivo dos adultos, pode também acometer os adolescentes. Na atualidade causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência alcoolica no futuro.

No início existe uma hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou em outras situações existe o mau exemplo que alguns pais que vangloriasse de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana, estimulando mesmo que involuntariamente os filhoa a beberem.

Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa. O adolescente precisa de limites e orientações.

Acompanhe abaixo o texto de Edna Maria Paixão - Psicopedagoga.


Os malefícios do álcool na adolescência


A preocupação no uso de drogas na adolescência é grande, mas não se pode dizer exatamente o mesmo a respeito do papel do álcool no universo de crianças e jovens brasileiros.
A história de Marcos, um garoto de 23 anos. Ele ingressou no curso de Direito aos 18 e, desde o início, demonstrou uma vontade enorme de entrar na área jurídica. Durante o primeiro ano de faculdade, alcançou excelente aproveitamento, conquistando o afeto e a admiração da maioria dos professores do curso. Foi a partir do segundo ano que as coisas começaram a se complicar. Marcos e seus amigos passaram a se encontrar diariamente depois das aulas em um dos bares próximos à faculdade e, sem que percebessem, esses encontros passaram a fazer parte de sua rotina. O que antes parecia algo natural para qualquer adolescente, se transformou em um hábito impossível de ser deixado, e a tolerância de marcos à bebida foi ficando cada dia maior. Ele passou a ter de ingerir quantidades cada vez maiores de álcool para sentir as mesmas sensações prazerosas do início. Assim, enquanto seus amigos foram gradativamente deixando de comparecer aos gostosos encontros, Marcos, ao contrário, passou a necessitar daquelas doses antes e depois das aulas e, com o tempo, começaram as dificuldades. As sensações de euforia, liberdade e coragem que antes motivavam a ingestão de bebidas desapareceram, restando apenas a tristeza, a depressão e a sensação de não poder mais fazer parte do seu antigo mundo. Suas notas baixaram, ele deixou de comparecer às aulas e sua vontade de crescer e desenvolver seus projetos foi substituída por uma apatia. Hoje, três anos depois, a turma de Marcos está para se formar. Ele, porém, não vai participar da festa. Magro, abatido e com problemas no fígado, está atrasado e desmotivado.
Muitos adolescentes como você podem pensar que são jovens demais para ouvir essa história ou que nada disso poderia acontecer, já que podemos ter controle sobre nossas próprias atitudes e desejos. Mas, segundo pesquisas, o uso abusivo de álcool por crianças e adolescentes de 12 a 18 anos vem crescendo, assim como a experimentação dessa substância está acontecendo cada vez mais cedo. Hoje, estima-se que a idade usual para o primeiro “drink” é 12 anos.O que podemos tirar dessa lição? Possivelmente, que a melhor saída para evitar fazer do álcool um inimigo é conhecer seus efeitos e os próprios limites em relação a seu uso.
A maioria das pessoas costuma acreditar que o álcool é um estimulante, já que bebemos para nos desinibir, ficar alegres e falar mais. Mas, na realidade, ele é um depressor do sistema nervoso central, afetando o julgamento, o nível de consciência, o autocontrole e a coordenação motora. Possui ação negativa em diversos órgãos, sendo as mais freqüentes gastrites, úlceras, hepatite, cirrose, diminuição da força muscular das pernas, doenças do coração e derrame e impotência sexual.
O importante é pensar que o álcool é uma substância capaz de nos proporcionar bem-estar e alegria, mas deve ser utilizado com consciência e responsabilidade. Ao contrário de Marcos, que não percebeu os riscos que corria, cada um de nós deve ficar atento para os próprios limites e, assim, continuar a viver da forma mais completa possível.
Esse artigo é um alerta a nossa juventude que, com a permissão e a facilidade em contato com o álcool está cada vez mais grave. O mais importante nessa história é estarmos atentos a rotina de nossos filhos e o cuidado em sermos sempre exemplo na vida deles.
Edna Maria de Almeida Santos Paixão, Pedagoga, Psicopedagoga, Administradora escolar, Fundadora do Centro Educacional André Luiz.

Fonte: Webartigos.com Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução. 1



1 A fonte do artigo e informações do autor devem ser mantidas. Reprodução apenas na Internet.

As dores e delícias de ter alunos autistas

Tive a oportunidade de lidar com alunos autistas. Acompanhei de perto as angústias, lutas de muitos pais contra as evidências, a não aceitação de ter um filho assim, a fase de culpar-se por ter um filho autista, de achar que estavam sendo castigados por Deus, a rejeição de alguns e a tristeza de outros até o momento em que e se prepararam para cuidar deste presente de Deus, sim, presente Deus! Neste momento os pais percebem que irão conhecer um mundo absolutamente novo, com desafios emocionantes, cheio de sutileza e alegria, conhecerão as dores e delícias de ter um filho autista.
O autismo ainda é desconhecido de muitos profissionais das áreas da Educação e da Saúde. A falta de informação leva ao preconceito. Até mesmo a Educação Especial não tem dado aos alunos autistas a devida importância.
Infelizmente o autismo ainda não tem cura, no entanto, superar a barreira que isola o indivíduo autista do "nosso mundo" não é um trabalho impossível. Apesar de manter suas dificuldades, o indivíduo autista, dependendo do grau do comprometimento, pode aprender os padrões "normais" de comportamento, exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento e integrar-se de maneira bastante satisfatória à sociedade.
Acompanhamento médico e amor, muito amor.
Encontrei o texto abaixo na internet e percebi o quanto posso aprender com os autistas, acredito que você também. Esses alunos são um presente de Deus para nós educadores. Pense nisso!
NÃO CHOREM POR NÓS!
Por Jim Sinclair. " Autista Asperger "

Este artigo foi publicado na revista da Rede Internacional de Autismo (Autism Network Internetional), Nossa Voz, volume 1, No 3, 1993. É uma mostra do discurso de Jim , que é um autista asperger , na Conferência Internacional de Autismo em Toronto e foi dirigido principalmente aos pais .
Os pais geralmente contam que reconhecer que seu filho é autista foi a coisa mais traumática que já lhes aconteceu. As pessoas não autistas vêem o Autismo como uma grande tragédia, e os pais experimentam um contínuo desapontamento e luto em todos os estágios do ciclo de vida da família e da criança.
Mas este pesar não diz respeito diretamente ao autismo da criança. É um luto pela perda da criança normal que os pais esperavam e desejavam ter, as expectativas e atitudes dos pais e as discrepâncias entre o que os pais esperam das crianças numa idade particular e o desenvolvimento atual de seu próprio filho causam mais estress e angústia que as complexidades práticas da convivência com uma pessoa autista.
Uma certa quantidade de dor é normal, até os pais se ajustarem ao fato de que o resultado e o relacionamento que eles estavam esperando não vai se materializar. Mas esta dor pela criança normal fantasiada precisa ser separada da percepção da criança que eles realmente têm: a criança autista que precisa de adultos cuidadosos, pode obter um relacionamento muito significativo com essas pessoas que cuidam dela, se lhes for dada a oportunidade. Atentar continuamente para o Autismo da criança como a origem da dor é prejudicial tanto para os pais como para a criança e impede o desenvolvimento de uma aceitação e de um relacionamento autêntico entre eles. Em consideração a eles próprios ou à suas crianças, eu conclamo os pais a fazerem mudanças radicais nas suas opiniões sobre o que o Autismo significa.
Eu convido vocês a olharem para o nosso Autista e olharem para o seu luto sob a nossa perspectiva .

O Autismo não é um apêndice

O autismo não é algo que uma pessoa tenha, ou uma concha na qual ela esteja presa. Não há nenhuma criança normal escondida por trás do Autismo. O Autismo é um jeito de ser, é pervasivo, colore toda experiência, toda sensação, percepção, pensamento, emoção e encontro, todos os aspectos da existência. Não é possível separar o Autismo da pessoa. E se o fosse, a pessoa que você deixaria não seria a mesma com a qual você começou.
Isto é importante, então tire um momento para considerar que : Autismo é um jeito de ser. Não é possível separar a pessoa do Autismo .
Por conseguinte, quando os pais dizem:
"Gostaria que meu filho não tivesse Autismo"
O que eles realmente estão dizendo é:
"Gostaria que meu filho autista não existisse, e eu tivesse uma criança diferente em seu lugar"
Leia isto novamente. Isto é o que ouvimos quando vocês lamentam por nossa existência. É o que percebemos quando vocês nos falam de suas mais tenras esperanças e sonhos para nós: que seu maior desejo é que, um dia, nós deixemos de ser, e os estranhos que vocês possam amar vão surgir detrás de nossas.

Autismo não é uma parede impenetrável

Você tenta falar com seu filho autista e ele não responde. Ele não te vê. Você não consegue alcançá-lo. Não há adentramento. É a coisa mais difícil de lidar, não é? A única coisa é que isso não é verdade .
Veja novamente: você tenta falar como pai de uma criança, usando seu próprio entendimento de uma criança normal, seus próprios sentimentos sobre relacionamentos. E a criança não responde de forma que você possa reconhecer como sendo parte desse sistema .
Isso não significa que a criança esteja totalmente incapacitada para se relacionar. Só significa que você está assumindo um sistema compartilhado, um entendimento compartilhado de sinais e significações do qual a criança em questão não participa .
É como se você tentasse ter uma conversa íntima com uma pessoa que não tem compreensão de sua linguagem. É óbvio que a pessoa cuja linguagem não vai entender o que você está falando; não vai responder da forma que você espera; e pode mesmo achar confusa e desprazeirosa toda a interação .
Dá mais trabalho se comunicar com uma pessoa cuja linguagem não é a nossa. E o Autismo vai mais fundo que a linguagem e a cultura. Os autistas são estrangeiros em quaisquer sociedades. Você vai ter que abrir mão de toda a sua apropriação de significados compartilhados. Você vai ter que aprender a voltar a níveis mais básicos, sobre os quais provavelmente você nunca tenha pensado, vai ter que abandonar a certeza de estar em seu próprio território familiar de conhecimento, do qual você está a serviço e deixar seu filho lhe ensinar um pouco de sua linguagem, guiá-lo um pouco para dentro de seu mundo .
Mesmo que você tenha sucesso, ainda não será um relacionamento normal entre pai e filho. Sua criança autista pode aprender a falar, pode ir para séries regulares na escola, pode ir à Universidade, dirigir um carro, viver independentemente, ter uma carreira - mas nunca vai conversar com você como outras crianças conversam com seus pais. Ou, sua criança autista pode nunca falar, pode passar de uma sala de educação para programas de oficina protegida, ou residências especiais, podem precisar por toda a vida de cuidado e supervisão de tempo integral - mas essa tarefa não está completamente fora do seu alcance. As formas que relatamos aqui são diferentes. Levam para coisas que suas expectativas dizem que são normais, e você vai encontrar frustração, desapontamento, ressentimento, talvez até raiva e ódio. Aproxime-se respeitavelmente, sem preconceitos e com abertura para aprender novas coisas, e você vais encontrar um mundo que nunca poderia ter imaginado .
Sim, isto dá mais trabalho que falar com uma pessoa não autista. Mas pode ser feito - a não ser que as pessoas não autistas estejam muito mais limitadas que nós em sua capacidade de se relacionar. Levamos a vida inteira fazendo isso. Cada um de nós que aprende a falar com vocês, cada um de nós que funciona bem na sua sociedade, cada um de nós que consegue alcançar e fazer um contato com vocês está operando em um território estranho, fazendo contato com seres alienígenas. Passamos a nossa vida inteira fazendo isso. E então, vocês vêm nos dizer que não podemos falar.
Autismo não é morte

Certo, o autismo não é o que muitos pais esperam e se preparam quando antecipam a chegada de uma criança. O que esperam é que uma criança vai parecer com eles, vai pertencer ao seu mundo e falar com eles sem um treinamento intensivo para um contato alienígena. Até se a criança tem alguns distúrbios diferentes do Autismo, os pais esperam estarem aptos a falarem com ela de modo que pareça normal para eles, e na maioria dos casos, mesmo considerando a variedade de distúrbios, é possível formar um tipo de laço que os pais têm estado almejando.
O que acontece é que se esperava uma coisa que era extremamente importante e desejada com grande contentamento e excitação, e talvez, gradualmente, talvez abruptamente, teve-se de reconhecer que a coisa almejada não aconteceu. Nem vai acontecer. Não importa quantas crianças normais você tenha, nada vai mudar o fato de que agora, a criança que você esperava, desejada, planejada e sonhada não chegou .
É parecido com a experiência parental de ter, por pouco tempo, uma crinça recém-nascida e esta morrer logo na infância. Não se trata de Autismo, mas de expectativas cortadas. Sugiro que o melhor lugar para direcionar estes assuntos não seja as organizações voltadas para o Autismo, mas no aconselhamento das aflições parentais e grupos de apoio. Nesses espaços eles aprendem a dar termo à sua perda - não esuqecê-la, mas deixá no passado onde o luto não bate mais no seu rosto a todo momento da vida. Aprendem a aceitar que sua criança se foi para sempre e que não voltará mais. O mais importante é que aprendam a não trazer seu luto para as crianças que vivem. Isto é de importância fundamental quando estas crianças chegam ao mesmo tempo que a outra está sendo lamentada pela sua morte .
Não se perde uma criança para o Autismo. Perde-se uma criança porque a que se esperou nunca chegou a existir. Isso não é culpa da criança autista que, realmente, existe e não deve ser o nosso fardo. Nós precisamos e merecemos famílias que possam nos ver e valorizar por nós mesmos, e não famílias que têm uma visão obscurecida sobre nós por fantasmas de uma criança que nunca viveu. Chore por seus próprios sonhos perdidos se você precisa. Mas não chore por nós. Estamos vivos. Somos reais. Estamos aqui esperando por você .
É o que acho sobre como as sociedades sobre autismo devem ser: sem lamentações sobre o que nunca houve, mas deve haver explorações sobre o que é. Precisamos de você. Precisamos de sua ajuda e entendimento. Seu mundo não está muito aberto para nós e não conseguiremos se não tivermos um forte apoio. Sim, o que vem com o Autismo é uma tragédia: não pelo que somos, mas pelas coisas que acontecem conosco. Fique triste com isso se quiser ficar triste com alguma coisa! Melhor que ficar triste com isso é ficar louco com isso - e então faça alguma coisa. A tragédia não é porque estamos aqui, mas porque o seu mundo não tem lugar para com que nós existamos. Como pode ser de outra forma se nossos próprios pais ainda se lamentam por nos terem trazido para este mundo ?
Olhe, alguma vez, para o seu filho autista e tire um momento para dizer para si mesmo quem aquela criança não é. Pense: "Essa não é a criança que esperei e planejei. Não é aquela criança que esperei por todos aqueles anos de pregnância e todas aquelas horas de sofrimentos. Não é aquela que fiz todos aqueles planos e dividi todas aquelas experiências. Aquela criança nunca veio. Não é esta criança". Então vá fazer do seu luto não importa o que - e comece a aprender a deixar as coisas acontecerem .
Depois que você começar a deixar as coisas acontecerem, volte e olhe para o seu filho autista novamente: "Esta criança não é a que eu esperava e planejava. É uma criança alienígena que caiu em minha vida por acidente. Não sei o que é essa criança ou o que vai ser. Mas sei que é uma criança naufragada num mundo estranho, sem pais com formas próprias de cuidado. Precisa de alguém com cuidados para isso, para ensinar, para interpretar e para defender. E devido a essa criança alienígena cair na minha vida, esse trabalho é meu, se eu quiser" .
Se esta busca te excita, então nos acompanhe, na resistência e na determinação, na esperança e na alegria.
A aventura de uma vida está toda diante de você!

sábado, 27 de junho de 2009

Violência/ Baixa auto-estima, eis a questão!

Sou uma eterna admiradora da Psicopedagogia, nos momentos de folgas, recessos, férias estou sempre em busca de textos, artigos, estudos relacionados a esta Metodologia do Amor. Numa dessas procuras encontrei na internet o texto abaixo de Rita de Cássia Rocha Chardelli - Psicopedagoga/ Pedagoga.


Esta violência é uma forma de auto-afirmação.
A violência entre adolescentes é atualmente uma realidade incontestável, sendo muito os motivos que levam esses jovens optarem pela agressão no lugar do diálogo. Com isso não quero dizer que a violência seja algo que educadores e pais devam encarar com naturalidade, mas sim com cuidado e buscando sempre uma mediação que desperte a auto-estima e o desejo de querer mudar. Esta violência entre os jovens, como está acontecendo nos dias atuais, segundo os teóricos é fruto de um processo da desintegração de valores, que atingiu nas últimas décadas a família, as instituições, as visões de mundo, fazendo ruir os velhos paradigmas e gerando novas formas de interação entre os homens. Estas causas acabam sendo potencializadas diante do novo contexto sócio/ econômico/político/cultural, que tem no mundo globalizado e nos novos ícones: tecnologia e informatização; novas linguagens; consumismo; a força da mídia na formação de valores e outras formas de moldar a personalidade das novas gerações. Isto demonstra, que é a crise de valores, presente neste fim de milênio, um dos fatores que mais contribuem para que o jovem deixe de construir uma identidade. Juntamente com isto, a crise familiar faz com que ele perca seus referenciais e jogue nos grupos de amigos a identificação que teria com a família. Esta violência é uma forma de auto-afirmação.É na violência, muitas vezes criadas nos grupos e gangs, que encontramos a negatividade da auto-estima, que também é negada pela sociedade. Alguns psicólogos consideram que crescer neste contexto de fim de milênio é doloroso e difícil principalmente quando o choque de valores tem de um lado, valores racionalistas, que marcam a modernidade e de outro uma série de inovações que por sua pluralidade parece difícil de ser assimilada de vez por jovens que estão em processo de construção de sua identidade. Mesmo que o adolescente viva em um momento de muitas transformações no plano físico, biológico, psicológico, é um sujeito que tem desejos, sonhos e inseguranças e que precisam ser conhecidas pelos que educam. Nesta perspectiva é que pais e educadores precisam lidar com esta nova realidade, estudando, interagindo, buscando o diálogo, envolvendo-se com estes jovens, estimulando o desenvolvimento da auto-estima e da sua identidade como sujeito desejante. E quando me deparo hoje, com notícias de jornais, revistas e noticiários na televisão, sobre assaltos, seqüestros, pânicos, crimes, provocados por adolescentes, vejo o quanto a escola precisa se equipar e reestruturar para defender esse pequeno adulto, do mundo cheio de oportunidades e apelos para se transgredir a ética.Precisamos resgatar na criança a emoção, afetividade, respeito, o ser ético. E mostrá-lo que é nos pequenos atos que nos tornamos cidadãos e tomamos a consciência que fazemos parte de um grupo. Temos que resgatar a parceria, a cumplicidade, os valores da nossa sociedade, deixando de lado os valores dominantes que hoje se apoiam no sucesso pelo dinheiro, nos padrões de consumo e nos atributos físicos. Precisamos resgatar a família, o almoço de domingo, as festinhas escolares, a conversa na sala da casa, enfim, reconstruir o ambiente acolhedor, o aconchego , a confiança. E na escola, nós professores, temos que mostrar aos nossos alunos o que o faz ser diferente e nos preocuparmos com o aluno como pessoa e não só como aluno. Precisamos estar sempre em alerta, para nunca nos esquecermos que o mais importante é o ser humano e não o conteúdo a ser ensinado. Levar nossos alunos a nunca parar de aprender. Mostrá-los que aprendemos com os mais velhos, com os jovens, com as crianças, e até com a natureza, basta estarmos sempre atentos a tudo que se passa ao nosso redor e entender que só aprendemos a partir do momento que acreditamos . Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma dos nossos alunos. Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...
Vamos nos unir e neutralizar a violência, conquistar espaços, fazer do nosso aluno um ser ético.



A criança é ativa, indisciplinada ou hiperativa?

Encontrei o texto abaixo na internet e achei-o muito interessante, afinal muitas encontrei professores, pais, orientadores educacionais e coordenadores e pedagógicos fazendo esta pergunta: Esta criança é ativa, indisciplina ou hiperativa?

No cotidiano da sala de aula, muitas vezes nos deparamos com alunos agitados que não conseguem ficar parados. Esses alunos, tiram brinquedos dos colegas, correm de um lado para o outro, não ficam muito tempo em um só lugar, nuncam terminam as tarefas solicitadas e algumas vezes tornam-se agressivos. Esses comportamentos que geralmente são confundidos como indisciplina e caracterizados como hiperatividade. É importante que a família e a escola conheçam os sintomas e aprendam a lidar com esse problema, pois quanto mais cedo for diagnosticado melhor, a demora no tratamento pode trazer sérias consequencias para o desenvolvimento da criança.
Todo cuidado é pouco na hora de avaliar o comportamento de uma criança. O ideal é procurar ajuda de um especialista em comportamento infantil para distinguir entre a criança ativa e energética e a criança hiperativa.
As crianças hiperativas entendem as regras, instruções e explicações, o problema é que elas tem dificuldade em acatá-las.
A criança hiperativa, apesar da "dificuldade de aprendizado" em geral é muito inteligente, sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis, mas apesar do desejo de agradar e de ser educada, ela não consegue se controlar e assim pode ocorrer a vergonha, o desânimo e até a depressão. Ela sabe que é inteligente e capaz, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso para respeitar regras, limites, tempo, espaço. Muitas vezes, devido a essa falta de controle, ela fica perturbada com suas incapacidades, e passa a sofrer de estresse, tristeza e baixa estima. A família, a escola e todos que convivem com a criança hiperativa precisam entender que ela não é assim porque quer. É um problema que precisa ser aceito, entendido e tratado. É necessário nesse momento, que a escola interfira de forma positiva, possibilitando meios para que esse aluno sinta-se em um ambiente acolhecdor, seguro, com profissionais capazes de entender que cada um é um ser único com suas diferenças, capacidades e dificuldades. Com AMOR, CARINHO, ATENÇÃO poderemos ajudar muito a reverter esse quadro.

Texto de Edna Maria de Almeida Santos Paixão - Psicopedagoga