terça-feira, 30 de junho de 2009

Real ou ideal?



"Não se pode ensinar alguma coisa a alguém, pode-se apenas auxiliar a descobrir por si mesmo." (Galileu Galilei)



Quando falamos isso, na verdade, detestamos a natureza humana, com suas imperfeições e dificuldades. Detestamos a nossa própria inferioridade, ao nos compararmos com um modelo ideal de como deveríamos ser.


Vocês sabem por que o mar é tão grande, tão imenso, tão poderoso, portador de tanta água? Não? É porque ele teve a humildade de se colocar alguns centímetros abaixo de todos os rios do mundo!


O texto abaixo é de Juliana Caldeira Rangel - Orientadora sexual.


Por que sempre agimos assim?

Por que temos a mania de achar que os outros devem pensar da mesma forma que nós? É complicado conviver com o real, o ideal que é legal. Um grande engano! Se pararmos para pensar... o real é mais interessante, pois isso nos torna diferentes e imprevisíveis, isso nos torna únicos. Mas em termos de relacionamentos, é bem diferente. Há pessoas que enquanto não decidem o que querem, outras vão logo atrás , não ficam esperando sentadas. Isso muitas vezes frustra a quem toma as decisões, porque você age de uma forma e gostaria que a outra pessoa agisse do mesmo jeito.... olha que loucura! E quando isso não acontece, você pira e estressa , e quer logo brigar, chutar o balde, mandar tudo pro pau, e então você começa a pensar:"_Que loucura!", e logo em seguida:"_Vamos deixar disso que é melhor?". Pois é... não devemos nunca , mas nunca mesmo, querer que o(a) outro(a) seja o que gostaríamos que fosse. A famosa "decepção"...há! Isso... é ilusão! Nunca devemos esperar um tipo de comportamento do(a) outro(a) em relação a nada, ou como gostaríamos que à forma de agir fosse igual à nossa, não seria realmente previsível? Chato e sem graça? E o interessante é que ninguém conhece ninguém. Eu posso até idealizar, isso não é proibido. Mas querer transformar o outro para o meu prazer e minha comodidade, aaaaaahhhhhhhhhhh... isso! Absolutamente NÃO! Acredito que ... muitas vezes estas difrenças acabam partindo para a traição, devido ao descontentamento, a falta de paciência para se descobrir o(a) outro(a), achar que é demais para estar esperando pelo(a) outro(a). Façamos o seguinte... seja você. Não tenha medo de dizer o que pensa, não se preocupe demais com sua aparência , não tem problema de vez em quando estar de cara lavada , ninguém vai morrer por causa disso. Se não gosta de determinada coisa, então fale! O pior que pode acontecer é da outra pessoa saber que você não gosta. Brinque, ria, seja bobo(a) de vez em quando. Descubra-se... descubram-se. E quem sabe, depois de tudo isso, a sua cara metade sempre esteve do seu lado e você nunca percebeu?
Que mal pode haver nisso?
Milagres acontecem. E como acontecem!
E você? Está disposto(a) a fazer descobertas?
Que tal começar por aí?

Fonte: Webartigos.com Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução. 1



1 A fonte do artigo e informações do autor devem ser mantidas. Reprodução apenas na Internet.

Psicopedagogia é...


GeradorGeradorGeradorGerador

Crie glitters aqui!

domingo, 28 de junho de 2009

Metodologia ou Tecnologia? Saia da zona de conforto!

A mudança de forma geral é algo que inquieta e exige novas posturas e adaptações para que realmente aconteça. Quando se fala em mudança na educação é preciso reunir vários elementos que a caracterizem como necessária e benéfica para seu meio social, uma vez que a mudança pode ser tanto para melhor como para pior.
A idéia de mudança na educação implica aspectos históricos, culturais, sócio-econômicos, tecnológicos, biológicos, enfim, implica uma série de setores, por isso é difícil caracterizar a mudança como algo instantâneo, já que ela só acontece como processo e atrelada a vários elementos.
Tudo que é confortável se torna hábito, aqui incluídas as modalidades de pensamento e de comportamento —, que conduz o ser humano ao medo da mudança ou ao medo de sair da nossa Zona de Conforto, contribuindo para a produção estanque de paradigmas.
Então qual é a zona de conforto? É a área de segurança. É nela que o indivíduo se sente firme, com os pés no chão. Onde estão catalogados antigos hábitos e todo conhecimento adiquirido. Aquele planejamento de dez anos atrás é o “conforto”. Se for dado um passo fora da Zona de Conforto, sente-se aflição, ansiedade, insegurança e medo. Medo do novo, do desconhecido. E o processo de aprendizagem, aliado ao de crescimento, transita na área do desconhecido, do novo, portanto fora da tal zona.
Para cada obstáculo ou barreira, existe soluçã. Para cada aspecto negativo, existe o positivo. Para o desânimo, existe o ânimo. Para aprendizagem, existe o ensinamento. Não se deve esquecer que os desacertos com o processo de aprender estão diretamente ligados aos medos, às crenças e às atitudes. Portanto, urge a mudança da maneira de pensar, de agir, saindo gradualmente da Zona de Conforto, na aventura deliciosa que é o terreno do aprendizado. Escalar a montanha do medo, atravessar o rio das crenças e colocar as atitudes no primeiro lugar do pódio, ganhando a corrida, vencendo os entraves e as barreiras e levando, como prêmio, a conquista do aprendizado.
O vídeo abaixo vem mostrar justamente o que acontece com quem muda de tecnologia sem mudar a metodologia.
Pensem nisso!

O álcool e a adolescência


O alcoolismo nunca foi um problema exclusivo dos adultos, pode também acometer os adolescentes. Na atualidade causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência alcoolica no futuro.

No início existe uma hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou em outras situações existe o mau exemplo que alguns pais que vangloriasse de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana, estimulando mesmo que involuntariamente os filhoa a beberem.

Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa. O adolescente precisa de limites e orientações.

Acompanhe abaixo o texto de Edna Maria Paixão - Psicopedagoga.


Os malefícios do álcool na adolescência


A preocupação no uso de drogas na adolescência é grande, mas não se pode dizer exatamente o mesmo a respeito do papel do álcool no universo de crianças e jovens brasileiros.
A história de Marcos, um garoto de 23 anos. Ele ingressou no curso de Direito aos 18 e, desde o início, demonstrou uma vontade enorme de entrar na área jurídica. Durante o primeiro ano de faculdade, alcançou excelente aproveitamento, conquistando o afeto e a admiração da maioria dos professores do curso. Foi a partir do segundo ano que as coisas começaram a se complicar. Marcos e seus amigos passaram a se encontrar diariamente depois das aulas em um dos bares próximos à faculdade e, sem que percebessem, esses encontros passaram a fazer parte de sua rotina. O que antes parecia algo natural para qualquer adolescente, se transformou em um hábito impossível de ser deixado, e a tolerância de marcos à bebida foi ficando cada dia maior. Ele passou a ter de ingerir quantidades cada vez maiores de álcool para sentir as mesmas sensações prazerosas do início. Assim, enquanto seus amigos foram gradativamente deixando de comparecer aos gostosos encontros, Marcos, ao contrário, passou a necessitar daquelas doses antes e depois das aulas e, com o tempo, começaram as dificuldades. As sensações de euforia, liberdade e coragem que antes motivavam a ingestão de bebidas desapareceram, restando apenas a tristeza, a depressão e a sensação de não poder mais fazer parte do seu antigo mundo. Suas notas baixaram, ele deixou de comparecer às aulas e sua vontade de crescer e desenvolver seus projetos foi substituída por uma apatia. Hoje, três anos depois, a turma de Marcos está para se formar. Ele, porém, não vai participar da festa. Magro, abatido e com problemas no fígado, está atrasado e desmotivado.
Muitos adolescentes como você podem pensar que são jovens demais para ouvir essa história ou que nada disso poderia acontecer, já que podemos ter controle sobre nossas próprias atitudes e desejos. Mas, segundo pesquisas, o uso abusivo de álcool por crianças e adolescentes de 12 a 18 anos vem crescendo, assim como a experimentação dessa substância está acontecendo cada vez mais cedo. Hoje, estima-se que a idade usual para o primeiro “drink” é 12 anos.O que podemos tirar dessa lição? Possivelmente, que a melhor saída para evitar fazer do álcool um inimigo é conhecer seus efeitos e os próprios limites em relação a seu uso.
A maioria das pessoas costuma acreditar que o álcool é um estimulante, já que bebemos para nos desinibir, ficar alegres e falar mais. Mas, na realidade, ele é um depressor do sistema nervoso central, afetando o julgamento, o nível de consciência, o autocontrole e a coordenação motora. Possui ação negativa em diversos órgãos, sendo as mais freqüentes gastrites, úlceras, hepatite, cirrose, diminuição da força muscular das pernas, doenças do coração e derrame e impotência sexual.
O importante é pensar que o álcool é uma substância capaz de nos proporcionar bem-estar e alegria, mas deve ser utilizado com consciência e responsabilidade. Ao contrário de Marcos, que não percebeu os riscos que corria, cada um de nós deve ficar atento para os próprios limites e, assim, continuar a viver da forma mais completa possível.
Esse artigo é um alerta a nossa juventude que, com a permissão e a facilidade em contato com o álcool está cada vez mais grave. O mais importante nessa história é estarmos atentos a rotina de nossos filhos e o cuidado em sermos sempre exemplo na vida deles.
Edna Maria de Almeida Santos Paixão, Pedagoga, Psicopedagoga, Administradora escolar, Fundadora do Centro Educacional André Luiz.

Fonte: Webartigos.com Textos e artigos gratuitos, conteúdo livre para reprodução. 1



1 A fonte do artigo e informações do autor devem ser mantidas. Reprodução apenas na Internet.

As dores e delícias de ter alunos autistas

Tive a oportunidade de lidar com alunos autistas. Acompanhei de perto as angústias, lutas de muitos pais contra as evidências, a não aceitação de ter um filho assim, a fase de culpar-se por ter um filho autista, de achar que estavam sendo castigados por Deus, a rejeição de alguns e a tristeza de outros até o momento em que e se prepararam para cuidar deste presente de Deus, sim, presente Deus! Neste momento os pais percebem que irão conhecer um mundo absolutamente novo, com desafios emocionantes, cheio de sutileza e alegria, conhecerão as dores e delícias de ter um filho autista.
O autismo ainda é desconhecido de muitos profissionais das áreas da Educação e da Saúde. A falta de informação leva ao preconceito. Até mesmo a Educação Especial não tem dado aos alunos autistas a devida importância.
Infelizmente o autismo ainda não tem cura, no entanto, superar a barreira que isola o indivíduo autista do "nosso mundo" não é um trabalho impossível. Apesar de manter suas dificuldades, o indivíduo autista, dependendo do grau do comprometimento, pode aprender os padrões "normais" de comportamento, exercitar sua cidadania, adquirir conhecimento e integrar-se de maneira bastante satisfatória à sociedade.
Acompanhamento médico e amor, muito amor.
Encontrei o texto abaixo na internet e percebi o quanto posso aprender com os autistas, acredito que você também. Esses alunos são um presente de Deus para nós educadores. Pense nisso!
NÃO CHOREM POR NÓS!
Por Jim Sinclair. " Autista Asperger "

Este artigo foi publicado na revista da Rede Internacional de Autismo (Autism Network Internetional), Nossa Voz, volume 1, No 3, 1993. É uma mostra do discurso de Jim , que é um autista asperger , na Conferência Internacional de Autismo em Toronto e foi dirigido principalmente aos pais .
Os pais geralmente contam que reconhecer que seu filho é autista foi a coisa mais traumática que já lhes aconteceu. As pessoas não autistas vêem o Autismo como uma grande tragédia, e os pais experimentam um contínuo desapontamento e luto em todos os estágios do ciclo de vida da família e da criança.
Mas este pesar não diz respeito diretamente ao autismo da criança. É um luto pela perda da criança normal que os pais esperavam e desejavam ter, as expectativas e atitudes dos pais e as discrepâncias entre o que os pais esperam das crianças numa idade particular e o desenvolvimento atual de seu próprio filho causam mais estress e angústia que as complexidades práticas da convivência com uma pessoa autista.
Uma certa quantidade de dor é normal, até os pais se ajustarem ao fato de que o resultado e o relacionamento que eles estavam esperando não vai se materializar. Mas esta dor pela criança normal fantasiada precisa ser separada da percepção da criança que eles realmente têm: a criança autista que precisa de adultos cuidadosos, pode obter um relacionamento muito significativo com essas pessoas que cuidam dela, se lhes for dada a oportunidade. Atentar continuamente para o Autismo da criança como a origem da dor é prejudicial tanto para os pais como para a criança e impede o desenvolvimento de uma aceitação e de um relacionamento autêntico entre eles. Em consideração a eles próprios ou à suas crianças, eu conclamo os pais a fazerem mudanças radicais nas suas opiniões sobre o que o Autismo significa.
Eu convido vocês a olharem para o nosso Autista e olharem para o seu luto sob a nossa perspectiva .

O Autismo não é um apêndice

O autismo não é algo que uma pessoa tenha, ou uma concha na qual ela esteja presa. Não há nenhuma criança normal escondida por trás do Autismo. O Autismo é um jeito de ser, é pervasivo, colore toda experiência, toda sensação, percepção, pensamento, emoção e encontro, todos os aspectos da existência. Não é possível separar o Autismo da pessoa. E se o fosse, a pessoa que você deixaria não seria a mesma com a qual você começou.
Isto é importante, então tire um momento para considerar que : Autismo é um jeito de ser. Não é possível separar a pessoa do Autismo .
Por conseguinte, quando os pais dizem:
"Gostaria que meu filho não tivesse Autismo"
O que eles realmente estão dizendo é:
"Gostaria que meu filho autista não existisse, e eu tivesse uma criança diferente em seu lugar"
Leia isto novamente. Isto é o que ouvimos quando vocês lamentam por nossa existência. É o que percebemos quando vocês nos falam de suas mais tenras esperanças e sonhos para nós: que seu maior desejo é que, um dia, nós deixemos de ser, e os estranhos que vocês possam amar vão surgir detrás de nossas.

Autismo não é uma parede impenetrável

Você tenta falar com seu filho autista e ele não responde. Ele não te vê. Você não consegue alcançá-lo. Não há adentramento. É a coisa mais difícil de lidar, não é? A única coisa é que isso não é verdade .
Veja novamente: você tenta falar como pai de uma criança, usando seu próprio entendimento de uma criança normal, seus próprios sentimentos sobre relacionamentos. E a criança não responde de forma que você possa reconhecer como sendo parte desse sistema .
Isso não significa que a criança esteja totalmente incapacitada para se relacionar. Só significa que você está assumindo um sistema compartilhado, um entendimento compartilhado de sinais e significações do qual a criança em questão não participa .
É como se você tentasse ter uma conversa íntima com uma pessoa que não tem compreensão de sua linguagem. É óbvio que a pessoa cuja linguagem não vai entender o que você está falando; não vai responder da forma que você espera; e pode mesmo achar confusa e desprazeirosa toda a interação .
Dá mais trabalho se comunicar com uma pessoa cuja linguagem não é a nossa. E o Autismo vai mais fundo que a linguagem e a cultura. Os autistas são estrangeiros em quaisquer sociedades. Você vai ter que abrir mão de toda a sua apropriação de significados compartilhados. Você vai ter que aprender a voltar a níveis mais básicos, sobre os quais provavelmente você nunca tenha pensado, vai ter que abandonar a certeza de estar em seu próprio território familiar de conhecimento, do qual você está a serviço e deixar seu filho lhe ensinar um pouco de sua linguagem, guiá-lo um pouco para dentro de seu mundo .
Mesmo que você tenha sucesso, ainda não será um relacionamento normal entre pai e filho. Sua criança autista pode aprender a falar, pode ir para séries regulares na escola, pode ir à Universidade, dirigir um carro, viver independentemente, ter uma carreira - mas nunca vai conversar com você como outras crianças conversam com seus pais. Ou, sua criança autista pode nunca falar, pode passar de uma sala de educação para programas de oficina protegida, ou residências especiais, podem precisar por toda a vida de cuidado e supervisão de tempo integral - mas essa tarefa não está completamente fora do seu alcance. As formas que relatamos aqui são diferentes. Levam para coisas que suas expectativas dizem que são normais, e você vai encontrar frustração, desapontamento, ressentimento, talvez até raiva e ódio. Aproxime-se respeitavelmente, sem preconceitos e com abertura para aprender novas coisas, e você vais encontrar um mundo que nunca poderia ter imaginado .
Sim, isto dá mais trabalho que falar com uma pessoa não autista. Mas pode ser feito - a não ser que as pessoas não autistas estejam muito mais limitadas que nós em sua capacidade de se relacionar. Levamos a vida inteira fazendo isso. Cada um de nós que aprende a falar com vocês, cada um de nós que funciona bem na sua sociedade, cada um de nós que consegue alcançar e fazer um contato com vocês está operando em um território estranho, fazendo contato com seres alienígenas. Passamos a nossa vida inteira fazendo isso. E então, vocês vêm nos dizer que não podemos falar.
Autismo não é morte

Certo, o autismo não é o que muitos pais esperam e se preparam quando antecipam a chegada de uma criança. O que esperam é que uma criança vai parecer com eles, vai pertencer ao seu mundo e falar com eles sem um treinamento intensivo para um contato alienígena. Até se a criança tem alguns distúrbios diferentes do Autismo, os pais esperam estarem aptos a falarem com ela de modo que pareça normal para eles, e na maioria dos casos, mesmo considerando a variedade de distúrbios, é possível formar um tipo de laço que os pais têm estado almejando.
O que acontece é que se esperava uma coisa que era extremamente importante e desejada com grande contentamento e excitação, e talvez, gradualmente, talvez abruptamente, teve-se de reconhecer que a coisa almejada não aconteceu. Nem vai acontecer. Não importa quantas crianças normais você tenha, nada vai mudar o fato de que agora, a criança que você esperava, desejada, planejada e sonhada não chegou .
É parecido com a experiência parental de ter, por pouco tempo, uma crinça recém-nascida e esta morrer logo na infância. Não se trata de Autismo, mas de expectativas cortadas. Sugiro que o melhor lugar para direcionar estes assuntos não seja as organizações voltadas para o Autismo, mas no aconselhamento das aflições parentais e grupos de apoio. Nesses espaços eles aprendem a dar termo à sua perda - não esuqecê-la, mas deixá no passado onde o luto não bate mais no seu rosto a todo momento da vida. Aprendem a aceitar que sua criança se foi para sempre e que não voltará mais. O mais importante é que aprendam a não trazer seu luto para as crianças que vivem. Isto é de importância fundamental quando estas crianças chegam ao mesmo tempo que a outra está sendo lamentada pela sua morte .
Não se perde uma criança para o Autismo. Perde-se uma criança porque a que se esperou nunca chegou a existir. Isso não é culpa da criança autista que, realmente, existe e não deve ser o nosso fardo. Nós precisamos e merecemos famílias que possam nos ver e valorizar por nós mesmos, e não famílias que têm uma visão obscurecida sobre nós por fantasmas de uma criança que nunca viveu. Chore por seus próprios sonhos perdidos se você precisa. Mas não chore por nós. Estamos vivos. Somos reais. Estamos aqui esperando por você .
É o que acho sobre como as sociedades sobre autismo devem ser: sem lamentações sobre o que nunca houve, mas deve haver explorações sobre o que é. Precisamos de você. Precisamos de sua ajuda e entendimento. Seu mundo não está muito aberto para nós e não conseguiremos se não tivermos um forte apoio. Sim, o que vem com o Autismo é uma tragédia: não pelo que somos, mas pelas coisas que acontecem conosco. Fique triste com isso se quiser ficar triste com alguma coisa! Melhor que ficar triste com isso é ficar louco com isso - e então faça alguma coisa. A tragédia não é porque estamos aqui, mas porque o seu mundo não tem lugar para com que nós existamos. Como pode ser de outra forma se nossos próprios pais ainda se lamentam por nos terem trazido para este mundo ?
Olhe, alguma vez, para o seu filho autista e tire um momento para dizer para si mesmo quem aquela criança não é. Pense: "Essa não é a criança que esperei e planejei. Não é aquela criança que esperei por todos aqueles anos de pregnância e todas aquelas horas de sofrimentos. Não é aquela que fiz todos aqueles planos e dividi todas aquelas experiências. Aquela criança nunca veio. Não é esta criança". Então vá fazer do seu luto não importa o que - e comece a aprender a deixar as coisas acontecerem .
Depois que você começar a deixar as coisas acontecerem, volte e olhe para o seu filho autista novamente: "Esta criança não é a que eu esperava e planejava. É uma criança alienígena que caiu em minha vida por acidente. Não sei o que é essa criança ou o que vai ser. Mas sei que é uma criança naufragada num mundo estranho, sem pais com formas próprias de cuidado. Precisa de alguém com cuidados para isso, para ensinar, para interpretar e para defender. E devido a essa criança alienígena cair na minha vida, esse trabalho é meu, se eu quiser" .
Se esta busca te excita, então nos acompanhe, na resistência e na determinação, na esperança e na alegria.
A aventura de uma vida está toda diante de você!

sábado, 27 de junho de 2009

Violência/ Baixa auto-estima, eis a questão!

Sou uma eterna admiradora da Psicopedagogia, nos momentos de folgas, recessos, férias estou sempre em busca de textos, artigos, estudos relacionados a esta Metodologia do Amor. Numa dessas procuras encontrei na internet o texto abaixo de Rita de Cássia Rocha Chardelli - Psicopedagoga/ Pedagoga.


Esta violência é uma forma de auto-afirmação.
A violência entre adolescentes é atualmente uma realidade incontestável, sendo muito os motivos que levam esses jovens optarem pela agressão no lugar do diálogo. Com isso não quero dizer que a violência seja algo que educadores e pais devam encarar com naturalidade, mas sim com cuidado e buscando sempre uma mediação que desperte a auto-estima e o desejo de querer mudar. Esta violência entre os jovens, como está acontecendo nos dias atuais, segundo os teóricos é fruto de um processo da desintegração de valores, que atingiu nas últimas décadas a família, as instituições, as visões de mundo, fazendo ruir os velhos paradigmas e gerando novas formas de interação entre os homens. Estas causas acabam sendo potencializadas diante do novo contexto sócio/ econômico/político/cultural, que tem no mundo globalizado e nos novos ícones: tecnologia e informatização; novas linguagens; consumismo; a força da mídia na formação de valores e outras formas de moldar a personalidade das novas gerações. Isto demonstra, que é a crise de valores, presente neste fim de milênio, um dos fatores que mais contribuem para que o jovem deixe de construir uma identidade. Juntamente com isto, a crise familiar faz com que ele perca seus referenciais e jogue nos grupos de amigos a identificação que teria com a família. Esta violência é uma forma de auto-afirmação.É na violência, muitas vezes criadas nos grupos e gangs, que encontramos a negatividade da auto-estima, que também é negada pela sociedade. Alguns psicólogos consideram que crescer neste contexto de fim de milênio é doloroso e difícil principalmente quando o choque de valores tem de um lado, valores racionalistas, que marcam a modernidade e de outro uma série de inovações que por sua pluralidade parece difícil de ser assimilada de vez por jovens que estão em processo de construção de sua identidade. Mesmo que o adolescente viva em um momento de muitas transformações no plano físico, biológico, psicológico, é um sujeito que tem desejos, sonhos e inseguranças e que precisam ser conhecidas pelos que educam. Nesta perspectiva é que pais e educadores precisam lidar com esta nova realidade, estudando, interagindo, buscando o diálogo, envolvendo-se com estes jovens, estimulando o desenvolvimento da auto-estima e da sua identidade como sujeito desejante. E quando me deparo hoje, com notícias de jornais, revistas e noticiários na televisão, sobre assaltos, seqüestros, pânicos, crimes, provocados por adolescentes, vejo o quanto a escola precisa se equipar e reestruturar para defender esse pequeno adulto, do mundo cheio de oportunidades e apelos para se transgredir a ética.Precisamos resgatar na criança a emoção, afetividade, respeito, o ser ético. E mostrá-lo que é nos pequenos atos que nos tornamos cidadãos e tomamos a consciência que fazemos parte de um grupo. Temos que resgatar a parceria, a cumplicidade, os valores da nossa sociedade, deixando de lado os valores dominantes que hoje se apoiam no sucesso pelo dinheiro, nos padrões de consumo e nos atributos físicos. Precisamos resgatar a família, o almoço de domingo, as festinhas escolares, a conversa na sala da casa, enfim, reconstruir o ambiente acolhedor, o aconchego , a confiança. E na escola, nós professores, temos que mostrar aos nossos alunos o que o faz ser diferente e nos preocuparmos com o aluno como pessoa e não só como aluno. Precisamos estar sempre em alerta, para nunca nos esquecermos que o mais importante é o ser humano e não o conteúdo a ser ensinado. Levar nossos alunos a nunca parar de aprender. Mostrá-los que aprendemos com os mais velhos, com os jovens, com as crianças, e até com a natureza, basta estarmos sempre atentos a tudo que se passa ao nosso redor e entender que só aprendemos a partir do momento que acreditamos . Mais do que ensinar a ler e escrever, explicar matemática e outras matérias, é preciso ouvir os apelos silenciosos que ecoam na alma dos nossos alunos. Mais do que avaliar provas e dar notas, é importante ensinar com amor mostrando que sempre é possível fazer a diferença...
Vamos nos unir e neutralizar a violência, conquistar espaços, fazer do nosso aluno um ser ético.



A criança é ativa, indisciplinada ou hiperativa?

Encontrei o texto abaixo na internet e achei-o muito interessante, afinal muitas encontrei professores, pais, orientadores educacionais e coordenadores e pedagógicos fazendo esta pergunta: Esta criança é ativa, indisciplina ou hiperativa?

No cotidiano da sala de aula, muitas vezes nos deparamos com alunos agitados que não conseguem ficar parados. Esses alunos, tiram brinquedos dos colegas, correm de um lado para o outro, não ficam muito tempo em um só lugar, nuncam terminam as tarefas solicitadas e algumas vezes tornam-se agressivos. Esses comportamentos que geralmente são confundidos como indisciplina e caracterizados como hiperatividade. É importante que a família e a escola conheçam os sintomas e aprendam a lidar com esse problema, pois quanto mais cedo for diagnosticado melhor, a demora no tratamento pode trazer sérias consequencias para o desenvolvimento da criança.
Todo cuidado é pouco na hora de avaliar o comportamento de uma criança. O ideal é procurar ajuda de um especialista em comportamento infantil para distinguir entre a criança ativa e energética e a criança hiperativa.
As crianças hiperativas entendem as regras, instruções e explicações, o problema é que elas tem dificuldade em acatá-las.
A criança hiperativa, apesar da "dificuldade de aprendizado" em geral é muito inteligente, sabe que determinados comportamentos não são aceitáveis, mas apesar do desejo de agradar e de ser educada, ela não consegue se controlar e assim pode ocorrer a vergonha, o desânimo e até a depressão. Ela sabe que é inteligente e capaz, mas não consegue desacelerar o sistema nervoso para respeitar regras, limites, tempo, espaço. Muitas vezes, devido a essa falta de controle, ela fica perturbada com suas incapacidades, e passa a sofrer de estresse, tristeza e baixa estima. A família, a escola e todos que convivem com a criança hiperativa precisam entender que ela não é assim porque quer. É um problema que precisa ser aceito, entendido e tratado. É necessário nesse momento, que a escola interfira de forma positiva, possibilitando meios para que esse aluno sinta-se em um ambiente acolhecdor, seguro, com profissionais capazes de entender que cada um é um ser único com suas diferenças, capacidades e dificuldades. Com AMOR, CARINHO, ATENÇÃO poderemos ajudar muito a reverter esse quadro.

Texto de Edna Maria de Almeida Santos Paixão - Psicopedagoga